Acolhendo as Emoções
As situações de desespero são ótimos indicativos de como
abrigamos áreas de conflito em nossas mentes. Há muitas emoções envolvidas, mas
essas emoções não são o problema em si. O problema é o nosso comportamento
frente a essas emoções, ou seja, colocarmos uma carga de insatisfação tão
grande e investirmos tanto da nossa energia para evitá-la que criamos zonas de
conflito ou áreas de curto circuito. As emoções são sinais de desequilíbrio que
o nosso sistema usa como alerta para fazermos pequenos reajustes. Se esses
sinais forem rejeitados, além do desequilíbrio não ser resolvido, mais energia
será direcionada contra ele. A emoção envolvida tomará uma roupagem de monstro
e cada vez irá tornar-se mais assustadora. Então quando essa emoção surgir, os
alarmes tocarão descontroladamente.
Emoções indicam áreas vulneráveis, como crianças que
dependem de cuidado e atenção. Resolvemos a situação acolhendo respeitosamente
a solicitação expressa via choro, avaliando-a e direcionando os nossos recursos
para resolvê-la. Muitas vezes, como a mãe cuidadosa, essa vulnerabilidade
depende de maior nutrição, outras vezes, de incentivos para maturidade, como as
lições de um avô experiente.
Portanto, ao surgir uma emoção, acolha-a carinhosamente.
Retire as vestes de monstro e veja que é uma criança indefesa tentando se
proteger. Entenda a sua solicitação e veja que por trás de seus gritos, há um
gemido de socorro, ainda imaturo, tentando se expressar. A sua roupa de monstro
é a maneira encontrada de proteger-se da violência da rejeição. Os seus gritos
são resultado da dor do abandono. Com a energia da aceitação, do perdão e da
compaixão, reintegre-o, dê-lhe nutrição e incentive o seu aprendizado.
Somente a partir da reintegração você terá liberdade.
Encaramos a ferida emocional como um limite aprisionador, mas é a partir do seu
reconhecimento e da sua reintegração que teremos a genuína liberdade, que é a
plena aceitação do seu ser em sua totalidade.
Dentro da concepção chinesa dos cinco elementos, as emoções
representam sensações de inadequação expressas a partir de cada elemento de
acordo com o seu movimento energético:
Madeira: energia expansiva. Em equilíbrio: bondade. Emoção: raiva (impor-se). Necessidade de impor-se e abrir espaço em uma situação de disputa.
Fogo: energia ascendente. Em equilíbrio: espiritualidade. Emoção: euforia (elevação). Necessidade de crescer em uma situação de progresso.
Terra: energia estabilizadora. Em equilíbrio: sinceridade. Emoção: preocupação (pensamento). Necessidade de se fazer presente e resolver uma situação problemática.
Metal: energia constritiva. Em equilíbrio: justiça. Emoção: tristeza (isolamento). Necessidade de isolar-se e fechar-se em uma situação desagradável.
Água: energia descendente. Em equilíbrio: sabedoria. Emoção: medo (proteção). Necessidade de fugir e sumir de uma situação arriscada.
Madeira: energia expansiva. Em equilíbrio: bondade. Emoção: raiva (impor-se). Necessidade de impor-se e abrir espaço em uma situação de disputa.
Fogo: energia ascendente. Em equilíbrio: espiritualidade. Emoção: euforia (elevação). Necessidade de crescer em uma situação de progresso.
Terra: energia estabilizadora. Em equilíbrio: sinceridade. Emoção: preocupação (pensamento). Necessidade de se fazer presente e resolver uma situação problemática.
Metal: energia constritiva. Em equilíbrio: justiça. Emoção: tristeza (isolamento). Necessidade de isolar-se e fechar-se em uma situação desagradável.
Água: energia descendente. Em equilíbrio: sabedoria. Emoção: medo (proteção). Necessidade de fugir e sumir de uma situação arriscada.
Cada emoção é um alarme frente a um desequilíbrio e tem sua
própria voz. A raiva grita “detone”, a euforia diz rindo “mais”, a preocupação
cantarola “resolva”, a tristeza chora “quero ficar só” e o medo geme “foge!”.
Marco Moura
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