O presente não é bom o bastante?
A mente é inquieta, busca sempre algo para se distrair: música, internet, celular, um passatempo qualquer ou se entretém em seus próprios pensamentos. Acredita-se que a distração seja algo útil, pelo menos é melhor do que ficar sem fazer nada. Ficar parado incomoda, o silêncio incomoda, o presente incomoda. Afinal, o que há de tão ruim com o silêncio? Eu diria que no silêncio, nunca encontramos silêncio. A mente não tem afinidade pelo silêncio, isso é fato. Também não tem afinidade pelo momento presente, caso contrário, não produziria tantos pensamentos como forma de escapar do aqui e agora. Se investigarmos o conteúdo dos pensamentos, chegaremos à conclusão de que eles só se relacionam ao passado ou ao futuro, nunca ao presente. Para serem formados, os pensamentos precisam do conteúdo mental já existente, ou seja, o conhecimento. O que conhecemos são memórias de experiências já vividas e, obviamente, não refletem aquilo que aconteceu de fato, pois são formadas a partir de um ponto...