O Equilíbrio que Sustenta o Desequilíbrio
Podemos perceber na natureza uma harmonia dinâmica. Há claramente uma inteligência em operação no Universo, promovendo harmonia em uma escala muito maior do que somos capazes de compreender. Toda a desarmonia existente é apenas aparente e periférica, pois no cerne disso tudo, está em operação a lei de causa e efeito e seu resultado final é o equilíbrio. Se mantivéssemos nossas mentes unidas a essa inteligência harmônica, estaríamos completamente satisfeitos e integrados.
Em nosso planeta, todos os organismos viventes são programados para manterem-se em equilíbrio relativo, caso contrário, não sobreviveriam. Temos a capacidade de nos adaptarmos a diferentes situações, tanto mentalmente quanto fisiologicamente. O equilíbrio nos proporciona bem-estar, mas parece que estamos desajustados. Os nossos parâmetros de normalidade não se mantém em uma freqüência onde nossos hábitos e condições de saúde estejam sintonizados. Nós cometemos excessos físicos e mentais e, cada vez mais, o nosso ego se adapta a essas condições desfavoráveis.
Por que nutrimos emoções nocivas, desejos excessivos, vícios, pensamentos obsessivos e reações mentais violentas? Tudo isso é um reflexo da energia que alimentamos através de nossos hábitos físicos e mentais. Lembre-se: somos organismos adaptáveis – toda a nossa estrutura se molda ao padrão que é imposto. Se você vive em um ambiente quente, seu corpo se condiciona ao calor; se você vive em um ambiente violento, sua mente se condiciona à violência.
Porém, há modos de adaptar-se ao meio imposto. Se uma pessoa que cresce em um ambiente violento adquire as maneiras locais, vai reagir sempre de forma violenta e vai tornar-se mais um expoente dessa violência. Ela pode também posicionar-se como vítima dessa violência e sua passividade lhe conduzirá à depressão. De qualquer forma, ela estará alimentando a energia de contraste entre agressor e agredido, de modo que sua mente será sempre reativa em conformidade a essa energia – seja de modo ativo (promovendo) ou passivo (recebendo).
Os nossos impulsos internos têm raízes no condicionamento mental, que é o resultado de como nossa mente interpreta o estímulo externo e como ela reage frente ao mesmo. Quanto mais executados, mais se integram à nossa realidade e moldam o nosso ego. No budismo, é ensinado que essa interação entre a mente e o exterior forma os cinco agregados que, em última instância, é o que compõe o ego.
Como dito inicialmente, os desequilíbrios aparentes são periféricos e se sustentam em um grande plano de harmonia. E se desviarmos nossa atenção da periferia para o centro? E se contemplarmos o ambiente violento sem julgamentos e sem condicionamentos; observando imparcialmente aquilo que acontece como uma mera manifestação da lei de causa e efeito? Observar sem identificar-se nos torna inatingíveis e capazes de adquirir uma compreensão profunda de nós mesmos e daquilo que nos cerca. Podemos estar presentes sem nos contaminarmos por emoções nocivas. Dessa forma, não reagimos de forma automática e não sustentamos a mente dualista. Nossa mente torna-se integrada ao todo. Sendo o mundo exterior uma projeção da mente, assumimos o nosso poder de transformação da realidade.
Marco Moura
Em nosso planeta, todos os organismos viventes são programados para manterem-se em equilíbrio relativo, caso contrário, não sobreviveriam. Temos a capacidade de nos adaptarmos a diferentes situações, tanto mentalmente quanto fisiologicamente. O equilíbrio nos proporciona bem-estar, mas parece que estamos desajustados. Os nossos parâmetros de normalidade não se mantém em uma freqüência onde nossos hábitos e condições de saúde estejam sintonizados. Nós cometemos excessos físicos e mentais e, cada vez mais, o nosso ego se adapta a essas condições desfavoráveis.
Por que nutrimos emoções nocivas, desejos excessivos, vícios, pensamentos obsessivos e reações mentais violentas? Tudo isso é um reflexo da energia que alimentamos através de nossos hábitos físicos e mentais. Lembre-se: somos organismos adaptáveis – toda a nossa estrutura se molda ao padrão que é imposto. Se você vive em um ambiente quente, seu corpo se condiciona ao calor; se você vive em um ambiente violento, sua mente se condiciona à violência.
Porém, há modos de adaptar-se ao meio imposto. Se uma pessoa que cresce em um ambiente violento adquire as maneiras locais, vai reagir sempre de forma violenta e vai tornar-se mais um expoente dessa violência. Ela pode também posicionar-se como vítima dessa violência e sua passividade lhe conduzirá à depressão. De qualquer forma, ela estará alimentando a energia de contraste entre agressor e agredido, de modo que sua mente será sempre reativa em conformidade a essa energia – seja de modo ativo (promovendo) ou passivo (recebendo).
Os nossos impulsos internos têm raízes no condicionamento mental, que é o resultado de como nossa mente interpreta o estímulo externo e como ela reage frente ao mesmo. Quanto mais executados, mais se integram à nossa realidade e moldam o nosso ego. No budismo, é ensinado que essa interação entre a mente e o exterior forma os cinco agregados que, em última instância, é o que compõe o ego.
Como dito inicialmente, os desequilíbrios aparentes são periféricos e se sustentam em um grande plano de harmonia. E se desviarmos nossa atenção da periferia para o centro? E se contemplarmos o ambiente violento sem julgamentos e sem condicionamentos; observando imparcialmente aquilo que acontece como uma mera manifestação da lei de causa e efeito? Observar sem identificar-se nos torna inatingíveis e capazes de adquirir uma compreensão profunda de nós mesmos e daquilo que nos cerca. Podemos estar presentes sem nos contaminarmos por emoções nocivas. Dessa forma, não reagimos de forma automática e não sustentamos a mente dualista. Nossa mente torna-se integrada ao todo. Sendo o mundo exterior uma projeção da mente, assumimos o nosso poder de transformação da realidade.
Marco Moura
Comentários